Oscar-Winning Ainda Estou Aqui Estreia no Globoplay em Abril

Estreia histórica no Globoplay: Oscar chega à plataforma

Quem estava esperando por um grande lançamento nacional já pode anotar na agenda: o filme Ainda Estou Aqui, dirigido pelo consagrado Walter Salles, chega ao catálogo do Globoplay em 6 de abril de 2025. Essa estreia não é só um marco para a plataforma, mas também para o cinema brasileiro. É a primeira vez que um original do Globoplay conquista a maior premiação do cinema mundial, levando a estatueta do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025. O longa já virou conversa obrigatória entre críticos, cinéfilos e até em rodas de família pelo Brasil inteiro, mostrando como uma história baseada num drama real pode mexer com tanta gente.

O filme conta a trajetória de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, mãe e advogada que viu sua vida mudar quando o marido, Rubens Paiva (vivido por Selton Mello), foi levado à força por agentes do regime militar nos anos 1970. Rubens, que foi deputado federal e depois caçado, desapareceu sem deixar rastros e teve sua morte reconhecida oficialmente apenas em 1996. A produção não economiza nas emoções: mostra o luto interrompido, o silêncio imposto pelo medo e a luta incansável de Eunice para buscar justiça e respostas num país que preferia o esquecimento.

Além de Torres e Mello, o elenco traz nomes de peso: Fernanda Montenegro dá um show de sensibilidade no papel da matriarca, Valentina Herszage vive a filha do casal e Antonio Saboia aparece como amigo próximo da família. A química entre os atores arrancou elogios em grandes festivais, com direito a prêmios: Ainda Estou Aqui levou o troféu de Melhor Atriz no Globo de Ouro para Fernanda Torres e ainda faturou Melhor Roteiro no prestigiado Festival de Veneza. É raro ver um filme brasileiro com tanta visibilidade internacional, mas neste caso os números também não mentem: já foram mais de 5 milhões de ingressos vendidos só no Brasil e US$ 27 milhões arrecadados fora do país, com sessões lotadas em cidades como Nova York, Paris e Roma.

O impacto além do cinema: memória, política e celebração da TV Globo

O impacto além do cinema: memória, política e celebração da TV Globo

O lançamento do filme na plataforma acontece junto das comemorações pelos 60 anos da TV Globo. É uma jogada estratégica: a produção dialoga com temas que ainda ecoam no Brasil atual, como a necessidade de não esquecer os crimes cometidos durante a ditadura militar. Baseado no livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva, filho dos protagonistas, o roteiro captura o peso das ausências, a dor coletiva e a força para construir novas narrativas sobre o passado sombrio do país.

Como parte das celebrações, o Globoplay promete rechear o mês com outras estreias exclusivas e conteúdos especiais que revisitam a trajetória da emissora, aproveitando o sucesso de Ainda Estou Aqui para criar um ambiente de valorização da produção nacional. Para quem acompanha debates sobre cinema, política, direitos humanos ou simplesmente gosta de uma boa história bem contada, essa é uma chance de ouro para rever — ou descobrir — um dos títulos mais marcantes dos últimos anos. O filme chega às telas do streaming no momento em que a busca por memória é mais urgente do que nunca.

10 Comentários

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    Pedro Paulo Pedrosa Netto

    abril 18, 2025 AT 11:00
    se esse filme ganhou o Oscar é porque a academia tá com medo de algo... ou tá sendo comprada. tudo isso de ditadura é só pra desviar a atenção do que realmente importa agora.
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    Vinícius André

    abril 20, 2025 AT 09:32
    o filme é bom, mas tá exagerando aí. 5 milhões de ingressos no Brasil? tá brincando? isso é número de filme de comédia, não de drama histórico. o real sucesso foi na Europa por causa do exílio dos produtores.
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    Rodrigo Carvalho Brito

    abril 21, 2025 AT 11:05
    esse filme não é só sobre o passado. é sobre como a dor de uma família vira memória coletiva. Eunice não estava pedindo justiça pra ela, estava pedindo pra gente não esquecer que pessoas como ela existem. e isso é raro hoje em dia, onde todo mundo quer esquecer pra não se incomodar.
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    Elaine Soares

    abril 21, 2025 AT 15:41
    Fernanda Torres mereceu o Oscar e o Globo de Ouro e o prêmio de Veneza e a menção honrosa em Cannes e o prêmio da crítica em Toronto e o prêmio da associação dos atores brasileiros e o prêmio da associação dos diretores e o prêmio da associação dos produtores e o prêmio da associação dos roteiristas e o prêmio da associação dos críticos de cinema e o prêmio da associação dos cineastas independentes e o prêmio da associação dos estudantes de cinema e o prêmio da associação dos teóricos da memória e o prêmio da associação das mães que perderam filhos e o prêmio da associação das mulheres que não se calaram
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    Marcela S.

    abril 23, 2025 AT 04:32
    acabei de assistir e tô com os olhos molhados 😭 esse filme me fez lembrar da minha avó que nunca falou sobre o que aconteceu com o irmão dela... e agora eu tô com medo de perguntar
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    Regina Schechtmann

    abril 23, 2025 AT 21:58
    chega de cinema político. isso é só propaganda da Globo disfarçado de arte. se fosse verdadeiramente independente, não tava no Globoplay. e ainda por cima aproveitando o Oscar pra vender assinatura? sério?
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    Raffi Garboushian

    abril 25, 2025 AT 19:24
    se você nunca viu esse filme, não tá perdendo só um filme. tá perdendo um pedaço da sua história. não precisa concordar com tudo, mas olha nos olhos da Fernanda Torres e tenta dizer que não sentiu algo.
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    Larissa Duarte

    abril 26, 2025 AT 12:49
    eu assisti com minha mãe e ela chorou o tempo todo. não é só um filme, é um abraço pra quem sofreu e não teve voz.
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    Blenda vasconcelos

    abril 27, 2025 AT 11:45
    o silêncio é o personagem mais forte do filme
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    Tássia Jaeger

    abril 27, 2025 AT 23:49
    o que eu mais odeio é quando usam a ditadura pra ganhar premio... e a globo ainda por cima faz um monte de conteudo especial... é só marketing

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