Jon Jones revive plano de volta ao UFC no White House e provoca debate

Quando Jon Jones, ex‑campeão peso‑pesado da UFC anunciou, em junho de 2025, que deixaria a agência, o mundo das artes marciais mistas ficou em choque. Mas, em menos de um mês, o 38‑anos‑velho reverteu a decisão e disse que está treinando cinco dias por semana para um retorno que pode acontecer no histórico evento "UFC White House" marcado para 4 de julho de 2026.

Por que o White House virou o ponto de partida?

O ex‑presidente Donald Trump anunciou, em agosto passado, que a Casa Branca abriria suas portas para o maior espetáculo de MMA já planejado. A ideia, derrotando a tradição de arenas esportivas, promete uma plateia de dignitários, militares e fãs ao redor do globo. UFC White HouseCasa Branca, Washington D.C. é, portanto, o cenário que está puxando Jones de volta ao octógono.

Entrevista com Denise White e a volta ao programa de testes

Em entrevista exclusiva concedida à sua assessora Denise White, CEO da EAG Sports Management, o atleta afirmou de forma contundente: "Não estou aposentado. Treino cinco dias por semana e já estou no programa de controle de dopagem da UFC. O combate no White House está fora do meu controle, mas quero estar pronto."

Segundo o banco de dados da UFC Anti‑Doping, Jones submeteu seu primeiro teste desde que reingressou no dia 8 de agosto de 2025, às 09:00 PDT. Foram três testes no ano, indicando seriedade – algo que o presidente da UFC, Dana White, ainda vê com certo ceticismo.

O que Dana White realmente pensa?

Em julho de 2025, White declarou: "Quero ver o que Jon vai fazer nos próximos meses para eu confiar que ele vai ao White House. Se fosse apostar, seria um bilhão‑para‑um contra colocar Jon no card." A dúvida não nasce apenas da idade ou da condição física, mas dos históricos problemas legais de Jones – apesar de ter sido absolvido do acidente de trânsito que o implicou em fevereiro de 2025.

Reações da comunidade MMA e o caso Gable Steveson

A virada de Jones também trouxe um movimento inesperado: em 25 de setembro de 2025, ele anunciou que passaria a treinar o medalhista olímpico de wrestling Gable Steveson. A decisão dividiu os fãs. Alguns viram estratégia – "ele está preparando um corpo‑a‑corpo contra Tom Aspinall" – enquanto outros acharam que a atenção de Jones deveria estar totalmente voltada ao próprio combate.

Tom Aspinall, que assumiu o cinturão vacante após a aposentadoria de Jon, tem sido citado como potencial adversário no White House. A rivalidade ainda não está oficialmente confirmada, mas a simples menção tem alimentado fóruns e redes sociais.

Conor McGregor e a corrida pelo mesmo palco

Conor McGregor e a corrida pelo mesmo palco

Não é só Jones que tem os olhos no grande evento. O carismático Conor McGregor também retornou ao programa de testes, mas ainda não realizou nenhum exame em 2025. O presidente da Bare Knuckle FC, David Feldman, confirmou que McGregor assegurou a legitimidade de seus planos de volta ao UFC.

Se ambos – Jones e McGregor – aparecerem no card da Casa Branca, pode ser o maior evento de MMA da história, superando até o lendário "Thrilla in Manila" que Jones citou como inspiração.

Impacto para o esporte e para o público americano

  • Potencial aumento de 30 % nas vendas de PPV nos EUA.
  • Visibilidade internacional reforçada para a UFC, que já domina 85 % do mercado global de MMA.
  • Possível reforço das relações civis‑militares ao promover o evento em apoio às forças armadas.

Para os torcedores, a promessa de ver dois dos maiores nomes da era moderna num palácio presidencial pode transformar o combate em um marco cultural, assim como o Super Bowl nos anos 70.

Próximos passos e o que observar

Nos próximos meses, os indicadores a observar são:

  1. Novos testes antidoping de Jones e McGregor.
  2. Confirmação oficial de Tom Aspinall como adversário.
  3. Declarações de segurança da Casa Branca sobre logística e auditoria.
  4. Reações de patrocinadores – a Pepsi e a Reebok já manifestaram interesse.

Enquanto isso, Jones continua treinando no Gym “The Annex”, em Las Vegas, sob a supervisão do treinador John Kavanagh, que garante que o atleta está “em forma, focado e mentalmente preparado”.

Perguntas Frequentes

Como a possível luta de Jon Jones no White House afetará a carreira de Tom Aspinall?

Se Aspinall enfrentar Jones, o desafio pode acelerar sua consolidação como campeão indiscutível. Uma vitória contra o maior nome da história do MMA garantiria acordos de patrocínio e maior visibilidade internacional, enquanto uma derrota poderia destabilizar seu reinado e abrir espaço para novos contendores.

Por que Dana White está tão resistente à ideia de Jones no card?

White preocupa‑se com o histórico de incidentes fora do octógono e com a imprevisibilidade de Jones em cumprir prazos de treinamento. O presidente ainda avalia se a presença do atleta traz mais risco de repercussão negativa do que benefícios de audiência.

Qual a importância simbólica de um evento UFC na Casa Branca?

É a primeira vez que um combate de alto nível acontece dentro de um marco histórico dos EUA, reforçando a ligação entre esporte, patriotismo e entretenimento. O evento deve atrair atenção de público que normalmente não assiste MMA, ampliando a base de fãs.

Conor McGregor também está mirando o White House. Ele tem chance real de participar?

McGregor precisa completar o ciclo de testes antidoping antes de ser considerado. Se a UFC validar seu retorno em tempo hábil, ele poderá ser incluído no card como co‑principal, aumentando ainda mais o hype do evento.

O que os fãs devem esperar do estilo de luta de Jones após o hiato?

Jones costuma adaptar seu repertório ao adversário. Fontes próximas ao seu time dizem que ele está focando mais no grappling, possivelmente para neutralizar o forte wrestling de Steveson, enquanto mantém sua icônica luta em pé.

6 Comentários

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    Carolina Carvalho

    outubro 5, 2025 AT 21:46

    Jon Jones tem sido uma figura polarizadora desde que anunciou seu retorno ao UFC.
    O fato de escolher o White House como palco não passa de um ato de autopromoção.
    A associação entre o esporte e um símbolo político pode alienar fãs que preferem a pureza do octógono.
    Além disso, o histórico de testes antidoping de Jones ainda traz dúvidas sobre sua integridade.
    Ele submeteu apenas três testes desde o seu retorno, número insuficiente para garantir lisura.
    A UFC precisa de transparência total antes de colocar um atleta tão controverso em um evento tão visível.
    O presidente Dana White expressou ceticismo, e esse ceticismo tem fundamento.
    A associação com o ex‑presidente Trump levanta questões sobre a instrumentalização do esporte para fins de propaganda.
    Muitos fãs temem que a luta se torne mais um espetáculo político do que uma competição esportiva.
    O treinamento de cinco dias por semana não elimina a necessidade de avaliações médicas rigorosas.
    O longo hiato de Jones pode ter causado desgaste físico que ainda não é visível nos treinos.
    O apoio de personalidades como Gable Steveson pode ser visto como pressão para melhorar sua imagem.
    Se Jones realmente busca voltar ao topo, deveria focar primeiro em provar sua limpeza.
    O evento na Casa Branca pode atrair atenção, mas também pode comprometer a reputação da UFC se algo der errado.
    É imprescindível que a organização estabeleça critérios claros e não se deixe levar apenas pelo hype.
    No fim das contas, o público merece um duelo justo, não um show de marketing.

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    Joseph Deed

    outubro 5, 2025 AT 23:10

    Os fãs estão cansados de promessas vazias; Jones parece estar jogando o mesmo velho espetáculo. Não é novidade que ele já esteve nos holofotes por motivos errados. A falta de testes mais frequentes só alimenta a desconfiança. É frustrante assistir a esse ciclo de retorno e recuo.

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    Pedro Washington Almeida Junior

    outubro 6, 2025 AT 00:33

    Não é coincidência que o White House esteja oferecendo o evento. Sempre há um interesse escondido por trás desses anúncios. Talvez alguém queira usar o MMA para desviar a atenção de assuntos maiores. O governo pode estar manipulando a narrativa. Fique atento.

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    Marko Mello

    outubro 6, 2025 AT 02:46

    É digno de nota, ao analisar a conjuntura histórica, que a proposta de sediar uma luta de artes marciais mistas na residência oficial dos Estados Unidos transcende o mero entretenimento. Tal iniciativa reflete uma tendência de amalgamação entre o esporte de alto desempenho e a esfera política, legitimando, assim, o uso de símbolos nacionais como veículos de promoção comercial. A presença de Jon Jones, cujo passado está marcado por controvérsias, acrescenta uma camada de complexidade ao debate, pois demonstra a disposição da organização em priorizar o retorno de um atleta de renome sobre considerações éticas. De salientar ainda, que o escrutínio antidoping, ainda que reativado, não oferece garantias plenas acerca da lisura da competição. Em síntese, devemos ponderar sobre as implicações de tal casamento institucional, avaliando se a eventualidade contribui para a dignidade do esporte ou, ao contrário, submete‑o a interesses extrínsecos.

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    robson sampaio

    outubro 6, 2025 AT 04:43

    Olha, camarada, essa proposta parece mais um “cross‑promo” de alto risco, um verdadeiro mash‑up de arenas e lobby que vai deixar o público em “stage‑fright”. Se o UFC pensa que vai “boostar” a audiência com um showdown na Casa Branca, está subestimando o “noise” que a política gera. O “brand‑wash” pode ser um boost momentâneo, mas a longo prazo o “core‑fan” vai sentir o “drop‑off”. Enquanto o hype grita “big‑bang”, os puristas reclamam de “glitch” na identidade do esporte. Finalmente, a questão real: será que Jones vai “deliver” ou só vai “re‑hash” velhas narrativas?

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    Portal WazzStaff

    outubro 6, 2025 AT 06:40

    Olha, eu entendo a frustração, mas vamos dar um tempo pro Jones treinar direito. Ele tá se dedicando bastante, e isso pode virar uma boa pra todos. Não vamos descartar antes de ver o resultado.

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