Voto pelo Correio: tudo o que você precisa saber

Chegou a hora de escolher seus representantes, mas você não quer (ou não pode) ir até o local de votação? O voto pelo correio é a solução prática para quem quer exercer a cidadania sem sair de casa. Neste guia, vamos explicar quem pode usar, como solicitar, o que fazer com a cédula e quais são os cuidados básicos para não perder o prazo.

Quem pode solicitar o voto pelo correio?

Nem todo eleitor tem direito automático ao voto à distância. A maioria dos casos permite o pedido quando a pessoa está fora da zona eleitoral no dia da votação, tem doença que impeça deslocamento, ou mora em local muito afastado. Também podem solicitar quem tem deficiência física ou mobilidade reduzida. Se você se encaixa em algum desses perfis, basta apresentar um atestado médico ou comprovante de residência fora da circunscrição.

Como solicitar e receber a urna em casa

O pedido começa pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou pela Unidade de Atendimento ao Eleitor (UAE) mais próxima. Você vai preencher um formulário online, anexar o documento que comprove a necessidade e aguardar a confirmação. Depois de aprovado, a Justiça Eleitoral envia a urna, o voto secreto e as instruções por correio ou entrega direta. Tudo chega em um envelope lacrado, pronto para ser aberto somente no momento da votação.

Antes de abrir, verifique se o envelope está íntegro e se o número da zona eleitoral está correto. Caso note alguma irregularidade, entre em contato imediato com a cartório eleitoral para evitar problemas.

Com a urna em mãos, siga a ordem das instruções: primeiro, identifique-se com seu título de eleitor e documento oficial; depois, preencha a cédula usando caneta de tinta preta ou azul. Não rabisque nem use lápis, pois a máquina de leitura não reconhece esse tipo de marcação.

Depois de marcar, coloque a cédula de volta na urna, feche o lacre e guarde tudo em um local seguro até a data de entrega. Normalmente, o prazo para devolver a urna vai até o dia seguinte à eleição, mas verifique a data exata no comunicado que recebeu.

Para enviar a urna de volta, use o envelope fornecido pelo TSE. Ele já vem timbrado e tem o endereço da Unidade de Processamento Eleitoral mais próxima. Não se esqueça de colar o selo se o envelope não for pré-pago. É importante que o envio seja feito dentro do prazo, senão seu voto pode ser desconsiderado.

Alguns eleitores ficam preocupados com a segurança do voto à distância. O sistema funciona como o voto presencial: a urna tem lacre inviolável, a cédula é única e a assinatura do eleitor confirma a identidade. Além disso, todo o processo é auditado pelas autoridades eleitorais, então não há risco de fraude se você seguir as instruções à risca.

Dica prática: tire foto da urna lacrada antes de abrir. Assim, se houver qualquer dúvida sobre a integridade, você tem prova visual para apresentar à Justiça Eleitoral.

Se ainda estiver em dúvida, procure a cartório eleitoral da sua cidade. O pessoal costuma ser muito prestativo e pode esclarecer dúvidas sobre documentos, prazos e procedimentos específicos da sua região.

O voto pelo correio ganhou força nos últimos anos, principalmente em situações de pandemia ou mobilidade reduzida. Ele demonstra que a democracia pode ser flexível sem perder a credibilidade. Portanto, se você tem a oportunidade, aproveite a comodidade e faça seu voto de forma segura e tranquila.

Lembre-se: participar das eleições é um direito e um dever. Mesmo que o caminho seja pelo correio, o impacto da sua escolha é o mesmo. Boa votação!