Na Vale Tudo, exibida pela TV Globo em 1988, a vilã Odete Roitman acabou morta por disparos de Leila, personagem vivida por Cássia Kis. O crime, que ocorreu nos últimos minutos da novela, foi revelado apenas no capítulo final, transmitido em 6 de janeiro de 1989, gerando um suspense histórico na teledramaturgia brasileira. Anos depois, a mesma trama está sendo revisitada em um remake que promete mudar totalmente quem puxou o gatilho.
O enredo de Vale Tudo girava em torno de conflitos de classe, ambição e corrupção. Odete Roitman, empresária implacável do Grupo Almeida Roitman, era a antagonista perfeita: fria, manipuladora e dona da companhia aérea fictícia Transcapital Aerolinhas (TCA). Seu marido, Marco Aurélio (personagem que nunca chegou a ser encenado diretamente, mas influenciava a trama), mantinha um caso com Maria de Fátima. Quando Leila, esposa de Marco, descobriu a traição, decidiu vingar‑se.
O plano era simples – matar a suposta amante – mas o tiro saiu pela culatra. Em vez de alcançar Maria de Fátima, a arma acertou três vezes em Odete Roitman. O erro, intencional ou não, virou o ponto de virada da novela.
Segundo o roteiro, o tiroteio ocorreu na varanda da mansão da família Roitman, logo após uma discussão acalorada entre Leila e Marco. A atriz Cássia Kis interpretou Leila com uma tensão que o público sentiu até o último segundo. Os três disparos foram capturados em câmera lenta, ampliando o drama.
A identidade do assassino foi mantida em segredo até o ápice da novela. No episódio final, ao vivo, o narrador confirmou que a arma havia sido manipulada por Leila, mas ainda havia dúvidas sobre a motivação—até que a própria Leila confessou, chocando milhões de telespectadores.
O desfecho gerou um pico de audiência: o último capítulo atingiu 71% de share, um recorde da TV aberta na época. Nas ruas, cafés e estações de metrô, o assunto era "Quem matou Odete?". Até hoje, o assassinato de Odete Roitman figura nas listas dos momentos mais marcantes da história da TV brasileira.
Especialistas em mídia, como o professor de Comunicação da USP, Dr. Fernando Lobo, apontam que o suspense foi construído de forma magistral, usando técnicas de cliffhanger que ainda são estudadas em cursos de roteiro.
Em 2024, a TV Globo anunciou a nova versão de Vale Tudo. Desta vez, a personagem Odete será interpretada por Débora Bloch. A escritora Manuela Dias, responsável pelo roteiro, confirmou que a vilã também morrerá, mas o assassinato ocorrerá em 6 de outubro de 2025, nos momentos finais da trama.
O grande twist está na identidade do assassino. Manuela declarou em entrevista que “milhões farão essa pergunta, mas eu não falarei nada. Mas eu, Manuela Dias, vou matar Odete Roitman”. Segundo fontes internas, a autora pretende plantar cinco falsas pistas envolvendo personagens como Silas, Nina, e até um policial corrupto, aumentando ainda mais a expectativa do público.
Para garantir que o suspense não seja ofuscado por outras novidades, a emissora decidiu adiar o lançamento da próxima novela das nove, Três Graças, deslocando seu início para novembro de 2025. A estratégia visa concentrar toda a atenção nos últimos capítulos de Vale Tudo, que devem ser transmitidos em dois dias consecutivos, como nos grandes eventos de “telenovela noite”.
O assassinato de Odete Roitman continua sendo referência em estudos de narrativa televisiva. O fato de uma vilã tão odiada ser morta de forma inesperada cria um archetype que aparece em novelas posteriores, como Avenida Brasil e Velho Chico. A decisão de mudar o assassino no remake reflete a tendência atual de revisitar clássicos com um toque de imprevisibilidade, algo que a geração Z parece valorizar.
Analistas de rating, como a empresa IBOPE, projetam que a nova versão pode superar a audiência da original, especialmente se a campanha de marketing explorar o mistério em redes sociais. O uso de hashtags como #QuemMatouOdete2025 já gera milhares de conversas diárias no Twitter e no Instagram.
Em suma, a morte de Odete Roitman, tanto na versão de 1988 quanto na revisitada de 2025, permanece um ponto de convergência entre nostalgia e inovação, lembrando que o drama televisivo ainda tem o poder de unir o país em torno de uma única pergunta.
O fim de Odete marcou o ápice de um suspense que manteve o país inteiro especulando por semanas. O recorde de audiência de 71% de share mostrou o poder de um cliffhanger bem trabalhado, influenciando roteiros posteriores e se tornando referência em cursos de narrativa.
Foi Leila, interpretada por Cássia Kis. Ela buscava matar a amante Maria de Fátima, mas acabou acertando Odete por engano.
Sim. A escritora Manuela Dias confirmou que a vilã morrerá em 6 de outubro de 2025, mas o assassino será diferente, mantendo o suspense.
A emissora adiou a estreia de Três Graças para não dividir a atenção do público. Além disso, planeja divulgar cinco falsas pistas nas semanas que antecedem o último capítulo, criando expectativa nas redes sociais.
A cena se tornou meme, referência em discussões sobre vilões e ainda inspira séries internacionais que buscam um ponto de virada impactante. No Brasil, o caso ainda aparece em programas de retrospectiva e em debates acadêmicos sobre narrativa televisiva.
Yasmin Melo Soares
outubro 4, 2025 AT 19:17Caramba, parece que a Globo ainda acha que sabe tudo, né?
Só que dessa vez o suspense vai ser tão grande que até o presidente vai virar a página.
Quem morreu? Odete, claro, mas quem puxou o gatilho?
Se preparem, porque o plot twist vai ser mais inesperado que chuva de maracujá em inverno!