Uma Nova Era no Miss Brasil
Luana Cavalcante, representante de Pernambuco, fez história ao se tornar a primeira mãe a ganhar o título de Miss Universo Brasil 2024. Ela foi coroada na noite de 19 de setembro durante um evento realizado em São Paulo, em uma cerimônia que simboliza uma transformação profunda no concurso de beleza mais prestigiado do país.
Aos 25 anos, Luana venceu entre 27 participantes que representavam cada estado brasileiro. Ela agora tem a responsabilidade de representar o Brasil na competição internacional do Miss Universo, que ocorrerá no México no dia 16 de novembro de 2024. A pernambucana emocionou o público e os jurados com sua história de vida, sua postura confiante e sua beleza que transcende os padrões tradicionais.
A Importância das Mudanças nas Regras
A edição deste ano do Miss Universo Brasil foi marcada por mudanças significativas nas regras da competição. Agora, mães, mulheres casadas e concorrentes sem limites de idade podem participar. Essa alteração reflete um movimento global para uma maior inclusão e diversidade nos concursos de beleza, afastando-se dos estereótipos restritivos que predominaram por décadas.
A diretora do concurso, Alejandra Rodríguez, explicou que essas mudanças são um passo importante para celebrar a diversidade e reavaliar o conceito de beleza. Para Alejandra, beleza não é apenas uma questão de aparência física, mas também de atitude e perspectiva de vida. A nova regra proporciona uma plataforma mais ampla onde mulheres de todos os contextos podem ser reconhecidas.
nina lyra
setembro 21, 2024 AT 08:34Isso aqui é mais que um concurso, é uma revolução silenciosa. A beleza foi descolonizada, despatologizada, dessexualizada. Luana não venceu por ser bonita - ela venceu por ser *real*. E isso assusta quem ainda acredita que mulher só vale se for jovem, solteira e sem filhos. A sociedade não está pronta para esse tipo de poder feminino, mas ela tá aí, e não vai embora.
Essa coroa não é de plástico, é de sangue, de insônia, de amamentação em noites sem fim. Ela carrega o peso de todas nós que fomos apagadas por não encaixar no molde. E agora? Agora a gente não pede permissão. A gente ocupa.
Quem disse que mãe não pode ser sublime? Ela é a prova viva de que o corpo feminino não é um produto, é um território sagrado.
Marcelo PSI Mac
setembro 22, 2024 AT 02:06É com grande respeito e admiração que observo essa mudança significativa no concurso. A inclusão de mães, mulheres casadas e de diferentes idades representa um avanço ético e social notável. A beleza, em sua essência, transcende parâmetros convencionais e deve ser celebrada em todas as suas formas autênticas. Parabéns à organização por reconhecer a dignidade humana acima de padrões estéticos obsoletos.
Pedro Paulo Pedrosa Netto
setembro 23, 2024 AT 17:09Sei que isso parece bonitinho pro discurso, mas tá tudo sendo manipulado. Quem tá por trás disso? Corporações que querem vender mais produtos pra mãe moderna. Agora é 'empoderamento', mas daqui a pouco vão cobrar por 'beleza maternal premium'. Tudo é marketing. E essa Luana? Ela tá no palco, mas o script foi escrito por um time de publicitários com psicólogos e neurocientistas atrás. Não é liberdade, é controle com glitter.
Vinícius André
setembro 24, 2024 AT 16:44Na verdade, o Miss Brasil sempre teve regras absurdas. A mudança só veio porque a audiência exigiu. A gente já viu mães ganhando concursos internacionais antes - a Miss Universo 2023 foi mãe, e ninguém fez alvoroço. Aqui só virou notícia porque o Brasil é lento pra mudar. Mas bom que finalmente aconteceu. Agora é só esperar pra ver se as marcas realmente vão parar de usar só garotas de 18 anos pra vender absorvente.
Rodrigo Carvalho Brito
setembro 24, 2024 AT 18:58Essa é a parte mais bonita: não é só sobre Luana. É sobre todas as mulheres que viram o espelho e se sentiram invisíveis. Ela abriu uma porta que muitos achavam trancada com chave e cimento. E não é um gesto simbólico - é um ato político. Quando uma mãe vence, ela não está representando só a si mesma. Ela representa a mulher que trabalha de dia e acorda de noite pra amamentar. A que foi chamada de 'gorda' por ter filho. A que foi desvalorizada por não ter um corpo de revista.
Isso aqui é um chamado pra gente repensar o que valorizamos. Não é sobre aparência. É sobre coragem. E Luana tem isso em dobro.
Elaine Soares
setembro 25, 2024 AT 13:14É claro que isso é uma vitória do capitalismo progressista. A indústria da beleza precisava de um novo nicho e achou na maternidade um produto emocionalmente rentável. Afinal, quem não se emociona com uma mãe? E agora, todos os concursos vão ter que ter uma 'mãe representante' como se fosse um item de catálogo. O que antes era marginalizado agora é commodificado. Não é libertação é rebranding com hashtag. #MãeDeAltaPerformance #BelezaComResponsabilidadeSocial
Luana é linda, claro, mas o sistema só a aceita quando ela serve ao discurso de consumo. Isso não é mudança, é cooptação.
Marcela S.
setembro 26, 2024 AT 23:35Isso me deu até arrepios 🥹 Acho que nunca vi uma mulher ganhar um concurso e sentir que ela tá falando por mim também. Minha mãe é mãe solteira, trabalha em três lugares e ainda tem tempo pra me abraçar depois da escola. Ela nunca foi 'beleza' pro mundo, mas pra mim ela é o máximo. Luana tá falando por ela, por mim, por todas nós. Obrigada por existir 🌸
Regina Schechtmann
setembro 27, 2024 AT 12:10É só mais um show de caridade com direito a aplausos e campanhas de marca. O que realmente importa é que mulheres reais continuam sendo ignoradas nas políticas públicas, nos hospitais, no mercado de trabalho. Enquanto elas ganham coroas, as mães que precisam de creches não têm onde deixar os filhos. Isso aqui é uma ilusão de progresso. A beleza não muda a estrutura. Só o dinheiro muda. E ela não tem nenhum.