Quando Marco Bessa, prefeito de Lagoa Santa anunciou, em reunião no último dia 12 de setembro de 2024, que o município foi eleito a melhor cidade do interior de Minas Gerais em termos de qualidade habitacional, o sentimento entre os moradores ficou de elogios. A premiação, organizada pela Associação de Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (AMRHB), levou em conta indicadores de infraestrutura, segurança, acesso a serviços de saúde e educação, além da preservação ambiental.
Fundada em 1767, Lagoa Santa sempre foi conhecida por sua lagoa de origem paleolítica, ponto de referência para arqueólogos que estudam os primeiros habitantes da América do Sul. Nos últimos dez anos, porém, o município passou por uma transformação urbana sem precedentes. A população, que era de cerca de 62 mil habitantes em 2014, saltou para 71 mil em 2024, segundo o IBGE, refletindo a migração de famílias de Belo Horizonte que buscam mais tranquilidade sem abrir mão da proximidade com a capital.
A combinação de ruas arborizadas, áreas de lazer e a própria lagoa cria um ambiente que favorece tanto o bem‑estar físico quanto o mental. Projetos de urbanismo recentes priorizaram calçadas acessíveis e ciclovias conectando os bairros ao centro. Recentemente, a Prefeitura de Lagoa Santa inaugurou o Parque Linear da Lagoa, um corredor verde de 3 km que já atrai mais de 4 mil visitantes por mês, de acordo com levantamento da Secretaria de Turismo.
O comércio local acompanha esse ritmo de crescimento. Supermercados como Verdemar, mini‑shopping Center Rio Verde e mais de 30 estabelecimentos de alimentação garantem que os moradores não precisem viajar longas distâncias para suprir necessidades básicas. Na área de saúde, o Hospital São José, Hospital São José, ampliou sua capacidade para 120 leitos, enquanto clínicas especializadas em cardiologia e pediatria abriram filiais nos últimos dois anos.
Em termos de educação, a cidade conta com escolas públicas de destaque, como a Escola Municipal Professor José Maria, e escolas privadas como o Colégio Objetivo. Além disso, a proximidade com universidades renomadas – a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) – permite que estudantes de Lagoa Santa tenham acesso a cursos de graduação e pós‑graduação sem precisar mudar de residência.
Um dos pontos mais elogiados pelos novos moradores é a sensação de segurança. Em 2023, a taxa de criminalidade registrou queda de 18% em relação ao ano anterior, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais. O efetivo da Polícia Militar da Região Metropolitana, aliado à Guarda Municipal de Lagoa Santa, implementou rondas comunitárias e unidades de pronto‑atendimento 24h, aumentando a confiança da população.
Outro fator decisivo é a conectividade. O Aeroporto Internacional de Confins, localizado a apenas 15 km do centro, oferece voos diretos para São Paulo, Rio de Janeiro e cidades do interior, facilitando a vida de profissionais que viajam a trabalho ou de famílias que recebem visitas de outras regiões.
O aviso de que Lagoa Santa lidera o ranking de qualidade habitacional trouxe uma onda de interesse de investidores imobiliários. De acordo com a imobiliária Prime Imóveis, o valor médio do metro quadrado residencial subiu de R$ 3.200 em 2020 para R$ 4.500 em 2024, representando um crescimento de 40% em quatro anos. A variedade de opções é ampla: condomínios fechados como o Reserva das Águas, com infraestrutura de segurança e áreas de lazer completa, coexistem com casas térreas mais acessíveis nos bairros de São João e Vila Nova.
Para quem busca empreender, a cidade promove anualmente a Feira de Empreendedorismo de Lagoa SantaCentro de Convenções de Lagoa Santa. O evento, que atrai cerca de 2 mil visitantes, oferece workshops, mentoria de negócios e espaço para exposição de produtos locais, fortalecendo a economia de pequeno porte.
Apesar dos números positivos, a administração de Marco Bessa tem reconhecido desafios. O crescimento rápido exige planejamento de mobilidade, especialmente em horários de pico nos acessos à BR‑040, principal via para Belo Horizonte. Além disso, a preservação da lagoa – fonte de água e ponto turístico – demanda investimentos contínuos em saneamento e controle de poluição.
Para 2025, a prefeitura anunciou o Projeto Lagoa Verde, que inclui a implantação de um sistema de tratamento de esgoto avançado, a criação de mais 5 km de ciclovias e a construção de um novo centro de saúde com pronto‑atendimento 24h. Se esses projetos forem concluídos dentro do prazo, a expectativa é que a cidade continue a atrair novos residentes, consolidando‑se como referência nacional em qualidade habitacional.
A combinação de infraestrutura moderna, baixa taxa de criminalidade, acesso a saúde e educação de qualidade, e um planejamento urbano que preserva áreas verdes cria um ambiente equilibrado que atende às necessidades de famílias, aposentados e profissionais remotos.
Estar a apenas 15 km do principal aeroporto da região permite viagens rápidas para os principais centros econômicos do país, facilitando negócios, turismo e visitas familiares, além de valorizar o mercado imobiliário local.
O Projeto Lagoa Verde, que inclui tratamento avançado de esgoto, expansão das ciclovias em 5 km, construção de um novo centro de saúde 24h e melhorias na mobilidade na BR‑040, está programado para iniciar em março de 2025.
Entre 2020 e 2024, o preço médio do metro quadrado subiu cerca de 40%, passando de R$ 3.200 para R$ 4.500. Essa valorização reflete a alta demanda por imóveis em áreas residenciais bem planejadas, bem como o interesse de investidores que veem a cidade como um polo de crescimento sustentável.
O rápido crescimento gera pressão sobre o trânsito nas principais avenidas, sobretudo na BR‑040, e exige constante investimento na preservação ambiental da lagoa. Além disso, é preciso ampliar a oferta de serviços públicos para atender à população crescente sem perder a qualidade que se tornou marca da cidade.
Matteus Slivo
outubro 6, 2025 AT 00:08É fascinante observar como a qualidade habitacional transcende meros números e se converte em um reflexo da alma coletiva de uma comunidade. Quando uma cidade como Lagoa Santa consegue alinhar infraestrutura, segurança e preservação ambiental, ela cria um cenário onde o bem‑estar deixa de ser privilégio e torna‑se direito fundamental. Essa sinergia demonstra que o planejamento urbano, quando guiado por princípios éticos, tem o poder de moldar o futuro das gerações. Parabéns ao poder público por reconhecer que desenvolvimento não é sinônimo de devastação, mas de harmonia. Que esse exemplo inspire outras regiões a buscar um crescimento sustentável e humano.