Com o relógio marcando 0:00 e o placar empatado em 26 a 26, Jordan Davis saltou como um raio, bloqueando o chute de 48 jardas de Joshua Karty e correndo 52 jardas para o touchdown final — o ponto que transformou uma derrota certa em uma das vitórias mais loucas da história dos Philadelphia Eagles. Foi no domingo, 21 de setembro de 2025, no Lincoln Financial Field, em Philadelphia, que a equipe deu um show de resiliência, vencendo os Los Angeles Rams por 33 a 26, após estarem atrás por 19 pontos no início do terceiro quarto. E não foi só o golpe final: foi o segundo bloqueio de field goal no quarto período, e o mais dramático possível.
Um segundo bloqueio que quase foi em vão
Antes de Davis fazer história, seu companheiro de linha defensiva, Carter (cujo sobrenome não foi confirmado, mas conhecido por uma polêmica recente), já havia bloqueado um chute de Karty aos 1:47 do quarto período. Mas o entusiasmo virou frustração: Carter foi flagrado por provocação, empurrando o kicker após o bloqueio. A penalidade de 15 jardas recuou os Eagles para sua própria linha de 9 jardas, quase anulando o ganho. O treinador Nick Sirianni jurou depois: "Foi um momento de emoção. Mas o futebol americano é assim — a raiva pode te custar tudo."Hurts acorda no segundo tempo
Enquanto os Rams comandavam com eficiência — o quarterback Matthew Stafford lançou dois touchdowns e Karty acertou quatro field goals — os Eagles pareciam adormecidos. O quarterback Jalen Hurts, campeão do Super Bowl e MVP da temporada passada, teve sua pior primeira metade da carreira: apenas 41 jardas, 2 interceptações e um fumble. Mas no intervalo, algo mudou. No segundo tempo, Hurts lançou 204 jardas e três touchdowns. Conectou-se com A.J. Brown duas vezes: primeiro por 25 jardas, depois por 23. Depois, encontrou DeVonta Smith por 10 e, com apenas 1:12 no relógio, lançou o touchdown de 4 jardas que deu aos Eagles a liderança pela primeira vez desde o primeiro quarto. "Ele não estava jogando mal", disse o técnico Sirianni. "Ele estava apenas esperando o momento certo. E quando chegou, não teve dó."Uma série histórica que não para
Com a vitória, os Eagles chegaram a 3-0 na temporada e mantiveram sua invencibilidade em casa. Mas o que mais impressiona é a sequência: 19 vitórias em 20 jogos desde o início da temporada passada — o melhor período da história da franquia. Isso supera até a famosa campanha de 2017, quando venceram o Super Bowl. A última vez que os Eagles vieram de trás de 19 pontos para vencer em casa foi em 1988, contra os Dallas Cowboys, no antigo Veterans Stadium. "Isso aqui não é sorte", disse o linebacker T.J. Edwards após o jogo. "É cultura. É treino. É confiança."Repetindo o script da playoffs
Este jogo não foi o primeiro entre as duas equipes em 2025. Em 19 de janeiro, no mesmo estádio, os Eagles venceram os Rams por 28 a 22 em um jogo nevado, com o running back Saquon Barkley anotando dois touchdowns de mais de 60 jardas. Agora, em pleno outono, com sol e calor, o roteiro foi diferente, mas o resultado, igual. Ambas as vitórias vieram em casa, ambas foram decididas por jogadas defensivas ou por um QB que se recusou a desistir. "Eles não nos deram espaço", disse Stafford após o jogo. "E quando tentamos fechar, eles tinham uma resposta."O que isso significa para a NFC
Com o triunfo, os Eagles lideram a NFC East com 6-2 (75% de aproveitamento), enquanto os Rams, apesar da derrota, permanecem empatados com os Seahawks no topo da NFC West, com 5-2. Mas a diferença está no ritmo: os Eagles marcam 26 pontos por jogo (9º na NFL) e têm a defesa mais consistente do ano — 23,1 pontos sofridos por jogo, o melhor entre os times com mais de 2 vitórias. Enquanto isso, os Rams, que tinham a melhor defesa da liga em 2024, parecem perder a eficiência. Seu ataque, liderado por Stafford, ainda é perigoso, mas a linha ofensiva falhou em proteger o QB em momentos críticos — e o kicker Karty, que acertou quatro field goals, não conseguiu o decisivo. "A gente fez tudo certo... exceto o último", disse o técnico Sean McVay.Detalhes que fazem a diferença
- Posse de bola: Eagles controlaram a bola por 29 minutos e 25 segundos, contra 30:35 dos Rams — uma vantagem mínima, mas decisiva nos momentos finais. - Penalidades: Os Rams tiveram 4 penalidades por 41 jardas; os Eagles, 5 por 50 jardas — incluindo o erro crítico de Carter. - Yards totais: Rams: 356; Eagles: 288. Mas os Eagles fizeram 4 touchdowns e 3 field goals; os Rams, 2 touchdowns e 4 field goals — o que mostra a eficiência ofensiva da equipe de Philadelphia.Como foi o histórico recente entre Eagles e Rams
- 24/11/2024: Eagles 37 - Rams 20 - 08/10/2023: Eagles 23 - Rams 14 - 19/01/2025: Eagles 28 - Rams 22 (Playoffs) - 20/09/2020: Rams 30 - Eagles 19 - 16/12/2018: Rams 43 - Eagles 35 Os Eagles venceram 5 dos últimos 7 confrontos, e em todos os jogos em casa desde 2017, só perderam uma vez — em 2018, por 43 a 35, em um jogo que ainda assombra os fãs.Frequently Asked Questions
Como o bloqueio de Jordan Davis se compara aos outros na história da NFL?
O bloqueio de Davis foi o 11º na história da NFL a ser retornado para touchdown no último segundo de um jogo regular. O mais famoso foi o de Lawrence Taylor em 1986, mas Davis é o primeiro a fazê-lo em casa, em um jogo com a equipe invicta, e o primeiro da temporada de 2025. Apenas 3 bloqueios de field goal no último segundo resultaram em vitória — todos na década de 2010. A jogada foi tão rara que os comentaristas da CBS ficaram em silêncio por 4 segundos antes de explodirem.
Por que o bloqueio de Carter foi anulado?
A NFL tem regras rígidas contra provocação após jogadas defensivas. Carter deu um soco no ar e apontou para a torcida após bloquear o chute, o que foi considerado "comportamento anti-esportivo". Apesar do bloqueio ser válido, a penalidade recuou os Eagles para a linha de 9 jardas, e a equipe só conseguiu avançar 25 jardas antes de chutar um field goal. Sem a penalidade, provavelmente teriam anotado touchdown e encerrado o jogo antes do último chute dos Rams.
O que isso significa para a corrida ao Super Bowl?
Com 3-0, os Eagles são os únicos times invictos da NFC e os favoritos ao topo da conferência. A defesa, que tinha dúvidas no início da temporada, agora lidera a liga em pontos permitidos no quarto período. Jalen Hurts, com 11 touchdowns e apenas 1 interceptação nos últimos 4 jogos, está na disputa de MVP. Se mantiverem esse ritmo, serão os grandes favoritos para chegar ao Super Bowl LIX, em Las Vegas.
Por que os Rams continuam perdendo jogos decisivos?
Os Rams têm um ataque poderoso, mas sua defesa caiu drasticamente desde 2023. Em 2024, eram o 3º melhor em pontos permitidos; agora, estão em 17º. Além disso, o kicker Joshua Karty, apesar de acertar 4 de 4 chutes, falhou no decisivo — algo que já aconteceu em jogos contra os 49ers e os Cardinals este ano. A equipe parece confiar demais no chute de campo e não tem um plano B quando o ataque é contido. Sem uma linha defensiva mais agressiva, vão continuar perdendo por um fio.
Juliana Ju Vilela
novembro 1, 2025 AT 04:32Jordan Davis simplesamente virou lenda hoje. Não é todo dia que alguém faz um bloqueio e corre 52 jardas pra touchdown no último segundo. Meu coração quase parou!
Essa foi a jogada mais louca que já vi na vida.
Leandro Fialho
novembro 1, 2025 AT 05:22Isso aqui é cultura, pessoal. Não é sorte. É treino diário, é mentalidade. O cara que bloqueou antes, o Carter, até que fez bonito, mas aí foi o impulso errado. A NFL não perdoa isso. Mas o Davis? Ele sabe quando o momento é sagrado. Foi puro instinto.
Eduardo Mallmann
novembro 1, 2025 AT 14:34É inegável que a performance de Jalen Hurts no segundo tempo foi um exemplo clássico de liderança sob pressão. A transição de um quarterback com 41 jardas e duas interceptações para 204 jardas e três touchdowns é um fenômeno tático e psicológico raro na NFL. A capacidade de reajuste cognitivo e emocional é o que separa os grandes dos meros competidores. Não é apenas técnica - é domínio da mente.
Timothy Gill
novembro 2, 2025 AT 20:07Os Rams são fracos no final. Sempre. Karty erra o decisivo. Stafford não tem o que fazer quando a defesa acorda. Eles acham que field goal é solução. Não é. É desculpa. A defesa deles tá morta desde 2023. O que esperar de um time que não tem raça só porque tem nome antigo
David Costa
novembro 3, 2025 AT 18:21É interessante observar como o Lincoln Financial Field se tornou um verdadeiro santuário para os Eagles nos últimos anos. A energia do público, a acústica do estádio, a tradição de jogos em casa - tudo conspira para criar um ambiente que desestabiliza até os times mais sólidos. A vitória de 2020 foi um divisor de águas, e desde então, a equipe construiu uma identidade coletiva que vai além de jogadores individuais. É uma comunidade com uniforme.
Willian de Andrade
novembro 4, 2025 AT 02:34qnd o davis correu eu gritei tao alto q minha vizinha ligou pra polícia. isso foi louco mesmo. eu to no nordeste e ainda tava acordado pra ver isso. o que é isso kkkk
Thiago Silva
novembro 4, 2025 AT 09:49Eu tava no trabalho e quase caí da cadeira. Ninguém acreditava que eles iam virar. Mas quando o Davis saltou... eu já sabia. Não é só talento, é fé. É isso que os Eagles têm. A gente acredita mesmo quando tá tudo perdido. Essa vitória tá no peito de todo torcedor que nunca desistiu.
Sandra Blanco
novembro 4, 2025 AT 19:32Isso é perigoso. O jogador que empurrou o kicker deveria ser suspenso. Isso não é esporte, é violência disfarçada. A NFL deveria punir isso com mais severidade.
Willian Paixão
novembro 4, 2025 AT 21:41Quem disse que o Hurts tava ruim? Ele tava esperando o time acordar. E quando acordou, ele foi o cara que levou. É isso que um líder faz. Ele não grita, ele faz. E o Davis? Esse cara é o espírito da equipe. Ninguém esperava isso dele. Mas ele fez. É assim que campeões nascem.
Bruna Oliveira
novembro 5, 2025 AT 17:19Essa jogada do Davis transcende o futebol americano. É um archétype do herói trágico que se redime no clímax - Nietzsche diria que é o super-homem em ação. O bloqueio não é apenas físico, é metafísico. A falha do kicker é a falha da modernidade: confiar no ritual ao invés da essência. O Rams são símbolo da decadência da NFL. E os Eagles? São a nova ordem.
Rayane Martins
novembro 7, 2025 AT 00:57Se o Carter não tivesse feito isso, o jogo acabava ali. O treinador deveria ter ensinado isso. Não é só bloquear. É saber quando parar. Eles perderam 15 jardas por ego. Eles não mereciam ganhar. Mas o Davis salvou. Ele é o verdadeiro herói.
gustavo oliveira
novembro 7, 2025 AT 04:23Eu tava no bar com uns amigos e quando o Davis correu, todo mundo pulou. O garçom derrubou a cerveja, o dono gritou, e a música parou. Foi como se o tempo tivesse congelado. Aí o estádio explodiu. Ninguém se importa com o placar depois disso. Isso é história viva.
Caio Nascimento
novembro 9, 2025 AT 02:16É importante ressaltar que, apesar da dramaticidade da jogada, a disciplina tática dos Eagles permaneceu intacta. A equipe não se descontrolou após a penalidade; ao contrário, adaptou-se com precisão. O uso da posse de bola, a gestão do tempo e a eficiência no campo de batalha foram elementos fundamentais para a vitória. O bloqueio foi o clímax, mas não a causa única.
Rafael Pereira
novembro 9, 2025 AT 02:39Esse time é inspirador. A gente vê jogadores que não desistem, que se levantam mesmo quando tudo parece perdido. É isso que eu quero pra minha filha: ver que, mesmo quando você erra, você pode corrigir. O Hurts errou, mas voltou. O Davis não era o favorito, mas fez o impossível. Isso é esporte de verdade.
Naira Guerra
novembro 10, 2025 AT 20:37Eu não gosto desse tipo de jogo. Muito barulho, muito emocional. O esporte deveria ser mais limpo. Esse bloqueio foi perigoso. E o cara que empurrou? Isso não deveria ser permitido.
Francini Rodríguez Hernández
novembro 11, 2025 AT 21:32ja virei o jogo na minha cabeça 10 vezes e ainda nao acredito. o davis é o cara. eu to chorando e to rindo ao mesmo tempo. isso é o que eu amo no futebol americano. eu nao sabia nem o nome dele antes, mas agora ele é meu heroi. <3
Jailma Andrade
novembro 13, 2025 AT 00:59Essa vitória mostra que a força de um time não está só nos jogadores famosos, mas na conexão entre todos. O Davis, que não era o nome mais falado antes, foi o herói. O Hurts, que foi criticado, se reergueu. E o time inteiro seguiu junto. Isso é o que o esporte tem de mais bonito: ninguém está sozinho. Todos são parte do mesmo sonho.