GP do Azerbaijão 2025: horários, treino, classificação e onde assistir

Por Glaucia

Velocidade no meio das muralhas medievais, rajadas do Cáspio e classificações caóticas. O GP do Azerbaijão 2025 chegou trazendo tudo isso de uma vez. A etapa em Baku, entre 19 e 21 de setembro, segue o formato tradicional de três dias e já começou quente: Max Verstappen cravou a pole após uma sessão picotada por bandeiras vermelhas e acidentes, incluindo a batida que tirou Oscar Piastri da briga.

Para quem vai acompanhar de casa ou no circuito, aqui está o guia com programação do fim de semana, onde assistir, como é a pista e o que dá para esperar em termos de estratégia, clima e disputa por posições.

Horários, formato e onde assistir

O fim de semana em Baku mantém a estrutura clássica: sexta-feira com dois treinos livres (TL1 e TL2), sábado com o TL3 e a classificação, e domingo com a corrida. A etapa não adota formato sprint desta vez, o que devolve às equipes um tempo valioso de pista para acerto fino, especialmente importante em um traçado de rua que costuma “emborrachar” lentamente.

Os horários seguem o fuso local de Baku (GMT+4). Como a audiência é global, as grades podem variar de país para país. A transmissão fica com os parceiros oficiais da Fórmula 1, com cobertura completa de treinos, classificação e corrida, além de análises, rádios das equipes e bastidores. A plataforma digital oficial da F1 também exibe todas as sessões, com câmeras on-board e telemetria em tempo real.

Quem optar por viver a experiência no autódromo encontra pacotes oficiais com diferentes pontos de visão ao longo do traçado — das curvas estreitas da Cidade Velha à reta quilométrica que antecede a linha de chegada. Para quem busca conforto e acesso, há opções de hospitalidade com alimentação, bebidas e aparições de nomes da F1. O pit lane walk programado para sexta-feira, das 16h às 17h15 (horário local), é a chance de ver carros e equipes de perto antes da ação valer tempo.

Da rua, Baku costuma oferecer alguns pontos de observação privilegiados, mas a segurança é rígida nas áreas de acesso restrito. Se for ao circuito, chegue com antecedência — as checagens são detalhadas e o deslocamento entre arquibancadas pode exigir alguma caminhada, principalmente nas áreas próximas às muralhas.

Baku: traçado, estatísticas, pneus e o que esperar

Baku: traçado, estatísticas, pneus e o que esperar

O Baku City Circuit é um híbrido raro: trechos técnicos, curvas cegas entre prédios históricos e uma reta gigantesca que coloca os motores e o acerto aerodinâmico à prova. São 6,003 km por volta, 51 voltas e 306,049 km de distância total. A pista recebeu a F1 pela primeira vez em 2016, então como GP da Europa, e desde 2017 aparece no calendário como GP do Azerbaijão.

É um traçado de rua, mas com velocidades de circuito permanente. As ultrapassagens acontecem principalmente ao fim da reta principal e após a Curva 2, áreas que contam com duas zonas de DRS. O miolo perto da Cidade Velha, por outro lado, exige precisão milimétrica: qualquer erro vira muro. Freios e tração são cruciais, e o compromisso de acerto costuma pender para baixa carga aerodinâmica para aproveitar a reta — sem sacrificar estabilidade no trecho apertado.

Historicamente, Baku entrega corridas imprevisíveis. Safety car e virtual safety car são frequentes, e isso mexe com a estratégia. A tendência natural é de uma parada só, mas interrupções podem abrir janelas alternativas e embaralhar posições. O tempo também pesa: em setembro, é comum pegar temperaturas amenas a quentes e vento do Cáspio, que muda o equilíbrio do carro de uma volta para outra. O asfalto costuma evoluir bastante do TL1 à corrida, o que dá vantagem a quem lê bem a pista e não queima os pneus no começo.

Em pneus, a Pirelli geralmente escolhe a gama intermediária (C2, C3 e C4) para Baku, buscando equilíbrio entre tração no miolo e durabilidade na reta com alta energia. Administração de temperatura e pressão é tema sensível por aqui — e já decidiu corridas. Reabasteça a memória: quando a reta cobra, pequenas diferenças de arrasto viram grandes ganhos na ponta do velocímetro.

A classificação de 2025 não decepcionou no drama. Teve mais de uma bandeira vermelha e terminou com este top-5:

  • 1º — Max Verstappen: 1min41s117 (pole)
  • 2º — Carlos Sainz: 1min41s595
  • 3º — Liam Lawson: 1min41s707
  • 4º — Kimi Antonelli: 1min41s717
  • 5º — George Russell: 1min42s070

O acidente de Oscar Piastri encerrou a sessão para o australiano e bagunçou a fase final da quali. O destaque ficou para a mistura interessante de forças: Verstappen retoma a dianteira num circuito que favorece eficiência aerodinâmica e velocidade de reta, enquanto Sainz se coloca como ameaça real em ritmo de volta única. E os jovens Liam Lawson e Kimi Antonelli, em terceiro e quarto, provam que Baku recompensa coragem e limpeza de trajetória — especialmente quando a pista muda de aderência de minuto a minuto.

Em ritmo de corrida, a ordem pode mudar. Baku pune erros, exagero nos freios e estratégias conservadoras demais. Paradas durante safety car, undercut no fim do primeiro stint e gestão de pneus macios no começo são cartas na mesa. Equipes com boa eficiência em linha reta tendem a se defender melhor sem DRS, mas quem cuida bem dos compostos consegue atacar forte no trecho final, quando o graining dá trégua e a pista fica mais rápida.

Para quem gosta de detalhes, dois pontos costumam decidir duelos: a saída da Curva 16, que embala toda a sequência até a reta, e a frenagem no fim da principal. Uma volta limpa ali vale meio grid. E não subestime o vento de través: ele mexe no ponto de frenagem e faz o carro “escapar” em alta.

Além da pista, Baku entrega um cenário raro na F1: muralhas, bulevares modernos e as Flame Towers como pano de fundo. É a tal junção de Oriente e Ocidente que a cidade vende bem — e que na televisão explica por que esta etapa sempre parece maior do que é. Para o fã, o combo é irresistível: velocidade máxima, tensão constante e um espetáculo visual que a câmera adora.

10 Comentários

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    Pedro Paulo Pedrosa Netto

    setembro 22, 2025 AT 08:52
    Eles escondem o que realmente acontece na F1... A Pirelli escolheu esses pneus por pressão de quem? Alguém já viu o contrato com a Red Bull? Tudo isso é um show pra esconder que o carro do Verstappen tem um sistema secreto de boost que não é detectado. 🤫
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    Vinícius André

    setembro 24, 2025 AT 02:25
    A pista de Baku é a mais perigosa do calendário por causa do vento. A gente vê os carros balançando na reta, mas ninguém fala que o coeficiente de arrasto muda 12% em 30 segundos. Eles nem calibram os sensores direito. É só marketing.
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    Rodrigo Carvalho Brito

    setembro 24, 2025 AT 18:26
    Acho que o que mais me toca nesse GP é como a pista reflete a própria cidade: antiga e moderna, caótica e elegante. Cada curva cega é como uma escolha na vida - errar é humano, mas não perdoar é um erro maior. O Lawson e o Antonelli mostraram que coragem sem arrogância é a verdadeira velocidade.
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    Elaine Soares

    setembro 26, 2025 AT 13:58
    A análise tá tão básica que parece feita por um estagiário de marketing da F1. Pneus C2 C3 C4? Sério? A Pirelli usa a mesma nomenclatura desde 2018 e ninguém nunca explicou que C4 é na verdade um composto de alta degradação com núcleo de carbono reforçado pra suportar o torque do RB21. Mas claro, ninguém liga pra isso, só querem ver o Verstappen vencer e fazer o comercial do verão
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    Marcela S.

    setembro 27, 2025 AT 04:10
    O vento em Baku é o verdadeiro vilão 🌬️😭 Ninguém fala disso, mas a cada volta o carro tá diferente... eu fiquei com o coração na mão na volta 38 quando o Russell quase perdeu o controle. Ainda bem que ele segurou! 🙏❤️
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    Regina Schechtmann

    setembro 28, 2025 AT 23:48
    Liam Lawson tá na F1 por favor? Ele não tem nem metade da experiência do Piastri e ainda tá na frente? E o Antonelli, que é filho de quem mesmo? Essa geração tá sendo empurrada pra cima por política, não por talento. O Verstappen merece, o Sainz merece, o resto é marketing de F1.
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    Raffi Garboushian

    setembro 30, 2025 AT 10:55
    Se você tá acompanhando só o top 5, tá perdendo a graça. Olha o trabalho do Haas, o Alpine conseguindo manter o ritmo mesmo com pneus desgastados, o Alpine tá fazendo um ótimo trabalho de gestão. A corrida é feita de 20 carros, não só dos 5 da frente. Parabéns pra todos que entraram no pódio sem serem favoritos.
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    Larissa Duarte

    outubro 1, 2025 AT 10:34
    O que mais me pegou foi o pit lane walk. Imagina ver os carros de perto, cheirar o óleo, ouvir o ronco... isso é que é F1. Nada de TV, isso aqui é real. ❤️
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    Blenda vasconcelos

    outubro 2, 2025 AT 04:30
    Baku é como um sonho que você não sabe se foi real. As muralhas, o vento, o silêncio entre as curvas... e de repente um carro passa a 340km/h. A gente não tá vendo corrida. A gente tá vendo poesia em metal.
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    Tássia Jaeger

    outubro 2, 2025 AT 06:14
    se o verstappen ta na pole de novo e o piastri bateu, isso ta tudo errado. a f1 ta corrompida. e o carlos sainz ta sendo subestimado por causa do acento. isso é racismo disfarçado de esporte.

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