O primeiro concurso CGE SP ganhou um empurrão administrativo: a Controladoria-Geral do Estado de São Paulo contratou o Banco do Brasil para receber as taxas de inscrição. O acordo, oficializado em 28 de agosto de 2025, fecha uma etapa-chave da logística financeira e deixa o cronograma pronto para a largada. São 200 vagas para o cargo de Controlador de Estado I, com salário inicial de R$ 17.850, além de benefícios previstos na legislação estadual.
A seleção é organizada pela FGV e marca a estreia da CGE-SP no circuito de concursos. Para quem mira carreira de controle, integridade e combate à corrupção no serviço público, é uma oportunidade rara: estrutura nova, salário competitivo e atuação transversal no Governo do Estado. O trabalho do controlador envolve auditorias, avaliação de riscos, governança, correição e prevenção de fraudes, com interface com secretarias e órgãos estratégicos.
Com o Banco do Brasil na cobrança, a tendência é de pagamentos mais previsíveis e conferência ágil das guias, por canais físicos e digitais da rede. Na prática, isso reduz margem de erro em compensações e diminui o tempo entre o pagamento e a confirmação da inscrição — um ponto sensível em concursos muito disputados.
As inscrições vão de 15 de setembro a 16 de outubro de 2025, pelo site da FGV. A taxa custa R$ 170, e o pagamento pode ser feito até 17 de outubro. Quem precisa de isenção deve enviar o pedido entre 15 e 17 de setembro, conforme regras do edital. Em seleções estaduais, os critérios costumam contemplar inscritos no CadÚnico e outras hipóteses definidas em lei; a confirmação virá no documento oficial.
O concurso distribui as 200 vagas por cinco eixos de atuação. A divisão reflete as frentes mais sensíveis de controle interno: auditoria, tecnologia, correição e prevenção de irregularidades, contratos de grande impacto e finanças públicas. Veja a oferta:
A prova está marcada para 14 de dezembro de 2025, com etapas objetiva e discursiva, ambas eliminatórias e classificatórias. Em concursos da FGV para carreiras de controle, o desenho costuma incluir conhecimentos gerais (como Língua Portuguesa e Raciocínio Lógico) e um bloco robusto de conhecimentos específicos. Para as áreas finalísticas, é razoável esperar temas como Administração Pública, Controle Interno, Auditoria Governamental, Direito Administrativo e Constitucional, Responsabilização de Pessoas Jurídicas (Lei 12.846), Lei de Acesso à Informação, Integridade e Compliance, Improbidade (marco atualizado), Licitações e Contratos, Finanças e Orçamento (LDO/LOA), Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Para TI, conteúdos de governança, segurança, desenvolvimento, dados e analytics tendem a ganhar peso.
O componente discursivo geralmente avalia a capacidade de análise e solução de problemas reais da administração. Textos técnicos, pareceres e estudos de caso são formatos frequentes. A recomendação é treinar escrita objetiva, com estrutura clara (tese, fundamentação, conclusão) e base legal adequada.
A linha do tempo do concurso mostra que o planejamento vem desde o primeiro semestre:
Esse encadeamento reduz riscos de atraso em edital, inscrições e confirmação de pagamentos — gargalos comuns em seleções grandes. A expectativa dentro do governo é de alta procura, especialmente nas áreas de Auditoria e TI, tradicionalmente entre as mais concorridas em órgãos de controle.
Sobre o perfil do cargo, o Controlador de Estado I deve atuar em ciclos de auditoria (planejamento, execução, relatório e monitoramento), análise de contratos e concessões, apuração de responsabilidades, avaliação de riscos e desenho de controles, além de apoiar políticas de integridade. Em TI, o foco costuma incluir segurança, governança de dados, automação de processos e suporte a investigações. Já em Correição e Anticorrupção, a rotina envolve processos administrativos, aplicação de sanções e acordos de leniência, sempre com rigor técnico e respaldo normativo.
Para quem vai se inscrever, alguns movimentos agora fazem diferença: organizar um cronograma de estudos até 14/12, com revisão semanal e simulados; priorizar legislação seca e jurisprudência aplicada; treinar discursivas com tempo cronometrado; e acompanhar eventuais retificações do edital. Vale também separar a documentação necessária para inscrição, isenção e atendimento especial, quando for o caso.
O edital deve detalhar critérios de classificação, desempate, reserva de vagas conforme a legislação estadual, conteúdo programático, cidades de prova e regras de recursos. Como a banca é a FGV, é útil revisar provas recentes de carreiras de controle e de auditoria governamental, comparando o peso dos temas e o estilo das questões (nível de texto, pegadinhas de interpretação e cálculo, e a exigência de fundamentação normativa).
No bolso, a remuneração inicial de R$ 17.850 posiciona a carreira no patamar alto do Executivo estadual. O pacote costuma incluir auxílios e adicionais previstos em lei, mas a estrutura exata de benefícios será detalhada no edital e em normativos internos. Em órgãos de controle, a evolução na carreira costuma vir com capacitação contínua, certificações e entregas técnicas que impactam a qualidade do gasto público.
Resumindo o calendário: inscrições de 15/9 a 16/10; pedido de isenção de 15 a 17/9; pagamento da taxa até 17/10; provas em 14/12. Com o Banco do Brasil no suporte às taxas e a FGV na condução das etapas, o caminho administrativo está pavimentado. Agora a disputa passa a ser no caderno de questões.